Estamos no mês da mulher e elas são as protagonistas, não só em março, mas cada vez mais conquistando seu protagonismo na sociedade, no mercado de trabalho e nas decisões políticas, o ano todo.
Histórias como a de Margaret Thatcher, Marie Curie e Malala Yousafzai, grandes nomes femininos na história mundial, já são bem conhecidas, por isso, trouxemos hoje 5 nomes que talvez você nunca tenha escutado antes, mas que são grandes mulheres que marcaram a história do Brasil pela sua força, inteligência, bondade e integridade.
1. Maria Quitéria (1792-1853)
Órfã de mãe aos 10 anos, essa baiana cuidou sozinha dos irmãos e da casa até 1822, quando sua vontade de ajudar o Brasil na busca pela independência a levou a cortar o cabelo, arranjar uma farda masculina e alistar-se ao exército como voluntária. Quando seu segredo veio à tona, Maria já era considerada uma militar exemplar e seu major não deixou que ela fosse desligada das forças armadas. Foi a primeira mulher a fazer parte do Exército Brasileiro.
2. Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
Compositora, pianista e maestrina, Chiquinha é o nome por trás da famosa marchinha de carnaval “ô abre alas, que eu quero passar”. Essa mulher de gênio forte, apaixonada pela música, não deixou que as convenções sociais de sua época ditassem seu destino, casou-se duas vezes, encerrando seus relacionamentos pelo mesmo motivo, não foi apoiada pelos maridos em sua vocação. Decidida, optou por estar sozinha, mas feliz, vivendo de sua música.
3. Anita Malfatti (1889-1964)
Batalhadora desde cedo, Anita nasceu com uma atrofia no braço direito, forçando-se a desenvolver a coordenação da mão esquerda. Aos 13 anos de idade, desiludida com seu futuro, fez uma tentativa de suicídio, mas felizmente sobreviveu e renasceu com uma decisão, dedicar-se à pintura e às artes. Participou da Semana de Arte Moderna e integrou o Grupo dos 5 ao lado de Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti De Picchia, ganhando visibilidade internacional com suas obras expressionistas.
4. Rachel de Queiroz (1910-2003)
Formada professora aos 15 anos de idade e tendo um romance premiado publicado aos 20, Rachel amava escrever tanto quanto amava as causas políticas. A cearense foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e a primeira autora a receber o renomado prêmio Camões de Literatura. Entre seus romances estão o premiado “O Quinze”, “Memorial de Maria Moura” e a tradução do clássico “O Morro dos Ventos Uivantes”.
5. Ana Néri (1814-1880)
Viúva aos 29 anos, essa baiana corajosa, ao ver seus 3 filhos serem convocados para servir na guerra do Paraguai, não pensou duas vezes e se voluntariou para a função de enfermeira no front. Seu trabalho pelos militares feridos foi tão exemplar que recebeu condecorações e homenagens do próprio Imperador Dom Pedro II. O Dia do Enfermeiro é celebrado no dia 20 de maio como uma última homenagem ao dia em que Ana faleceu.