Março, o mês da mulher. Período para celebrar a trajetória e as conquistas femininas, mas também, momento para debater, com olhar crítico, sobre a mulher na sociedade. Como por exemplo, em anos de luta, não haver uma total igualdade de gênero, principalmente se tratando do âmbito profissional.
4rabet appAinda existem limitações no mercado de trabalho. O preconceito para com as capacidades femininas é um dos principais responsáveis por gerar inseguranças na busca de novos trabalhos e profissões.
O Informe de Percepção de Gênero (LinkedIn) apontou que, mesmo possuindo mesma taxa de procura por empregos entre homens em mulheres, os números de aplicação para as vagas caem drasticamente.
Ao passo que, as mulheres sentem a necessidade de possuir 100% dos critérios qualificativos descritos para a vaga. Ao contrário dos homens, que se entendem aptos às vagas possuindo apenas 60% dos requisitos.
O medo e a insegurança fazem com que muitas mulheres percam oportunidades.
É mais do que necessário incentivar as mulheres a invistirem em suas vidas profissionais sem medo de se arriscarem, ao passo que estas já buscam por capacitações. De acordo com o IBGE, a porcentagem de mulheres com ensino superior completo é de 19,4% contra 15,1% dos homens.
Atualmente contamos com grandes figuras femininas empreendedoras, responsáveis por negócios de sucesso. Tais como Luiza Trajano, Ziza Assis, Leila Velez, Sônia Hess, que mostram como as mulheres são mais do que aptas e capazes.
Revolucionando o mundo, não somente com seus empreendimentos, mas com a abertura de caminhos para que mais mulheres possam entrar no mundo dos negócios. E, assim, realizar os seus sonhos.
Trajetória da Mulher no Mercado do Trabalho
Desde os primórdios da sociedade, a mulher está inserida no trabalho, da agricultura aos cuidados familiares e domésticos.
Com o surgimento das fábricas e a transição do trabalho artesanal para o industrial, veio também a necessidade de mais mão-de-obra. Sendo assim, as mulheres ganharam algum espaço no mercado, porém, com ainda menos direitos do que os homens, que já possuíam poucos.
Encorajadas a aceitar empregos nas linhas de produção armamentista, as mulheres substituíram os antigos operários, que foram designados aos campos de batalha. A partir deste momento, a independência feminina passou a vigorar com mais força, as fazendo ingressar com maior vigor no mercado de trabalho. Bem como, aumentou a procura feminina por educação superior.
Foi em 1970 que o mundo sentiu o movimento feminista eclodir. Nesta década, as mulheres não mais aceitavam as condições inferiores de trabalho e salariais em comparação com os homens. Nessa época, se dava o início a uma luta que perdura até os tempos de hoje, em busca de igualdade de direitos e condições.
Mulher e o trabalho no Brasil
No Brasil, as mulheres passaram de fato a integrar a força de trabalho a partir do disposto na Constituição de 1934. O texto constitucional discorria sobre as grandes conquistas femininas da época, como a igualdade salarial, segurança da gestante, a licença maternidade e o direito ao voto.
Nesta época, porém, a mulher necessitava da autorização de seu responsável ou cônjuge para trabalhar, portanto, a taxa de mulheres no mercado ainda era pequena. Além disso, ainda se utilizava o discurso do homem ser o grande provedor de recursos da casa para dar às mulheres salários inferiores.
Os anos seguintes foram tempos de luta, impulsionados pelo movimento feminista que, além de lutar pela igualdade das mulheres, as incentivava a entrar no mercado de trabalho. Buscando na prática os direitos que apenas a teoria assegurava.
Foi quando, em 1988, com a nova Constituição Federal, as mulheres passaram a ser cidadãs oficialmente, garantindo isonomia de direitos para ambos os sexos.
Atualmente, encontramos mulheres atuando na política, na saúde, na segurança pública, como professoras, artistas, empresárias, jornalistas, inúmeras profissões. As mulheres estão conquistando seus espaços e caminhando para alcançar seu sucesso.
O Futuro é Feminino: incentivo para conquistar cada vez mais
Ainda são muitas as lutas que as mulheres precisam enfrentar para que de fato possamos falar que hoje vivemos em uma sociedade igualitária. Porém, esta é uma luta que tem de vir de todos os lados.
Essa mudança precisa começar a surgir por dentro das próprias empresas. Que precisam sair do campo da fala para, de fato, começar a atuar em suas propostas de igualdade. Investindo em processos seletivos igualitários, assim como na conscientização interna para acabar com o machismo dos próprios colaboradores dentro das companhias.
É de suma importância o incentivo e a diversidade em todos os setores de uma empresa. Pincipalmente nos cargos de liderança. Não há mais espaço para se discutir se mulheres são capazes ou não de exercer papéis de liderança. A palavra é igualdade, de cargos, de oportunidades e de remunerações.
Se ainda há discursos no mundo empresarial sobre a falta de inscrições femininas para vagas, é hora de analisar se nossa sociedade dá as mesmas oportunidades de estudo para homens e mulheres, se a empresa cria um ambiente amigável para que mulheres se sintam seguras em enviar currículos e fazer aplicação para promoções e se existe um canal seguro para denúncia de assédios sexuais e morais.